quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Educação a Distância

Sem dúvida, vive-se uma época de profundas e velozes transformações em todas as áreas de atuação humana. Para uma esfera da população, o grande e estonteante desafio é manter-se atualizado, é estar continuamente aprendendo. No entanto, para a outra esfera deste povo, bem mais numeroso, esta possibilidade não existe. O homem foi capaz de grandes criações e descobertas, que infelizmente não tiveram como objetivo beneficiar a totalidade das pessoas. Muito pelo contrário, apenas um terço da população usufrui deste “progresso”, deixando os outros dois terços à margem de tudo ou, pior ainda, contribuindo com a parte “suja” que favorece o “progresso”: uso indevido de recursos humanos e naturais.

O progresso do conhecimento científico e a difusão dos computadores, as tecnologias avançadas, em especial das telecomunicações criaram um mundo à parte, onde a individualidade, a diversidade, a especificidade cada vez mais se fazem presentes. O mundo, hoje, é um lugar instável em todos os sentidos, onde até o conhecimento é provisório e a única certeza é a incerteza.

A Educação vem encontrando grandes dificuldades de adaptação às exigências dos tempos atuais. Nas escolas, assim como nos locais de trabalho e nas próprias famílias, convivem gerações com características diferentes: uma formada para obedecer, para “fazer as coisas como elas sempre foram feitas”, convivendo com pequenos grupos; outra que já viveu a maior parte de sua vida num contexto que lhe exige mais atos de autonomia e criação, que necessita resolver problemas sempre novos e que precisa estar constantemente em inter-relacionamento, face à complexidade das modernas atividades e à imensa interconexão existente no nosso mundo globalizado. Assim, as gerações que receberam uma educação – formal e familiar - baseada no uso da memorização, no controle, na reprodução do conhecimento, na obediência e na padronização, encontram dificuldades maiores de adaptação.

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